terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Por Welton Esquizopoeta: VOMITO

Carraspanas, sandices, indômitos e indômitas! Todos e todas, aproximem-se deste proscênio hediondo onde artistas horripilantemente esplêndidos gozam suas estripolias com contorções de corpos magnificentes! Exultantes formas de seus abraços, beiços na tangente nojenta de suas lascívias malditas. Bocas que compartilham o vômito da vida alheia, mesquinhos adoráveis, putas com artimanhas, prosmícuos escrotos, grandes merdas, espíritos que de mim exalam composição fétida, pútrida! Mais uma vez na porta de um banheiro qualquer, no vaso, tantas bostas de tantos cus, mais uma vez, vômitos, vômitos, apenas brejas e tira-gostos nada saudáveis. Tantos bebados... Rotinas... Então, pro próximo bar e quem sabe  desilusão,  alucinações, delírios... Mais vômitos, astenia do espírito... Desalento, lamúrias, martírio! Ébrio tresloucado a seguir a sua sina, nada mais, apenas resquícios  que se misturam na privada de uma água podre, infecta, o rosto refletido no espelho meio mijo, meio merda, meio vômito... Histórias vagabundas, dissabores, deleites, tudo absurdamente confuso! Fragmenta-se o pensamento no alimento mal digesto e a merda pela metade, metáfora da estética de um esquizofrênico.

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