segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

2011

Ando com a cabeça baixa, olhar desconfiado e os punhos sempre cerrados, para quando a Vida me encontrar sozinho - essa criatura vil, sempre a espreitar - me encontrar com a guarda armada, preparado para um revide. Mesmo tendo a certeza de que terminarei no chão, após um bom gancho na boca do estômago e alguns cruzados que sempre sacodem o cerebelo, nunca abaixarei a guarda. E quando cair, caio lutando. E levanto. E sigo, com a cabeça baixa, olhar desconfiado e os punhos cerrados.

3 comentários:

  1. Não sabemos o que podemos encontrar no vão de cada esquina existencial. Há tantos saltimbancos sacanas que nos esperam com suas rasteiras e socos sorrateiros. É sempre necessário punhhos cerrados. É imprescindível um olhar desconfiado! Se for paranóia para com a vida, revigoremos nosso delírio, pois como putas que se prestam à genealogia, "ando com a cabeça baixa, olhar desconfiado e os punhos sempre cerrados"!

    ResponderExcluir
  2. Relaxa, compa. Com bons camaradas como vocês, raramente a Vida - ou qualquer outro saltimbanco oportunista - irá me encontrar sozinho em alguma esquina. E se a Vida - ou qualquer outro - quiser buscar bronca com Putas Sacras como nós, vai se arrepender, pelo tanto de botinada que vai tomar!

    ResponderExcluir